Audiência Pública na ALMG reforça o acolhimento e a escuta na prevenção ao suicídio

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Reunião é de autoria do Deputado Charles Santos (Republicanos)

A pedido do Deputado Estadual Charles Santos (REPUBLICANOS), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou audiência pública, (27/9/23), para debater a importância da campanha Setembro Amarelo, de prevenção à automutilação, à depressão e ao suicídio.

Os convidados apontaram a necessidade de uma abordagem humanizada e transversal como o melhor caminho para a prevenção do autoextermínio, tema ainda tabu na sociedade. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam o autoextermínio como a segunda maior causa de morte entre os jovens.

foto materia site

ACOLHIMENTO

Charles Santos destacou a importância do acolhimento e do imprescindível apoio familiar. “Em tudo que se relaciona à saude mental, parece que estamos enfrentando um inimigo invisível, com muitos tentáculos. Espero que essa audiência leve uma mensagem de alento a quem estiver precisando”, salientou o parlamentar, autor de projetos em tramitação ou já transformados em lei pela valorização da vida e contra a violência autoprovocada, envolvendo a família, a escola e o Estado.

Psicóloga da ALMG, Daniela Piroli fez uma reflexão sobre a compreensão da saúde mental, intangível, de forma que o diagnóstico necessariamente deve passar pela empatia, escuta ativa e o acolhimento.

Alberto Júnior, coordenador do projeto Help, que busca ajudar jovens em situação de sofrimento mental, informou que os casos de suicídio cresceram 35% no País entre 2011 e 2020, chegando à estatística de uma morte autoprovocada a cada 45 minutos.

Lucas de Almeida Silva, presidente do Núcleo de Apoio à Comunidade e à Vida (CVV) enfatizou a importância dos canais de escuta, devido à grande demanda dos pedidos de ajuda, 24 horas por dia.

Rodrigo Barreto, diretor da Associação Mineira de Psiquiatria, confirmou que transtornos como ansiedade e depressão são cada vez mais frequentes, o que faz com que indivíduos tomem a decisão de se matar em momentos de juízo crítico prejudicado.

O Corpo de Bombeiros também desenvolve um trabalho para dissuadir essas pessoas da ideia de suicídio, classificadas como tentativas abortadas.

Com uma comunicação empática, dispostos também a ouvir, buscam tranquilizar o indivíduo e levá-lo a compreender o que está fazendo, oferecendo ainda atendimento médico e orientações para a busca de profissionais especializados em saúde mental, explicou o capitão Richelmy Pinto.

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BEM-ESTAR MENTAL

A psicóloga Sara Cristina Costa, especializada no atendimento dessa parcela da população, relatou os problemas que mais interferem no bem-estar mental dos jovens: baixa autoestima, insegurança, violências no âmbito familiar, bullying e fatores socioculturais como pobreza e preconceito, além de transtornos biológicos.

Para oferecer auxílio a crianças e adolescentes, ela acredita no fortalecimento da comunidade escolar, formando redes de apoio.

Nesse sentido, a representante da Secretaria de Estado de Educação, Fabiana Santos, relatou que o governo vem desenvolvendo parcerias para preparar os professores a identificar problemas de saúde mental e emocional nos alunos.

Além disso, Núcleos de Acolhimento Educacional (NAEs), compostos por psicólogos e assistentes sociais, oferecem apoio na identificação dos casos e no desenvolvimento de estratégias coletivas.

Na área da saúde, a rede de atenção psicossocial foi instituída em 2011. Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) disponibilizam serviços especializados em urgência e emergência em saúde mental em 414 unidades espalhadas pelo Estado, explicou Taynara de Paula, servidora da Secretaria de Saúde.

ASCOM REPUBLICANOS MG
Com dados da ALMG

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