Presidente do Republicanos reforça pré-candidatura ao Senado e diz que parte da direita terá de ceder para garantir unidade

Euclydes Pettersen quer Cleitinho na disputa pelo governo de Minas e defende aliança entre partidos da direita e da centro-direita
FONTE: O Fator
Presidente do diretório do Republicanos em Minas Gerais, o deputado federal Euclydes Pettersen disse, a O Fator, que mantém sua pré-candidatura ao Senado Federal. A garantia foi dada em reação a interlocutores que, nos bastidores, passaram a aventar a possibilidade de o parlamentar deixar o páreo. Trata-se, segundo ele, de “conversa para boi dormir”.
Além de assegurar a intenção de concorrer à Casa Alta do Congresso Nacional, Pettersen voltou a citar o correligionário Cleitinho Azevedo, hoje senador, como pré-candidato ao governo. Apesar da possibilidade, o deputado afirmou que, quando a disputa afunilar, parte da direita ou da centro-direita terá de abrir mão de candidaturas próprias em prol da unidade do campo.
“Todas as conversas têm girado em torno de um nome viável para o governo de Minas. Só a partir disso vamos tratar da composição (da chapa)”, afirmou, em menção às articulações para definir concorrentes ao Senado e ao cargo de vice-governador.
No início da semana, o vice-governador Mateus Simões (Novo), também pré-candidato à sucessão de Romeu Zema (Novo), revelou que, neste momento, considera uma chapa com um postulante à Casa Alta do Congresso Nacional indicado pelo PL. Na equação de Simões, o outro aspirante ao Senado seria o secretário de Estado de Governo, Marcelo Aro (PP), representando a federação União Brasil-PP.
‘Gerencial e político’
Ao defender que os partidos da direita e da centro-direita mineira formem uma aliança em torno de um candidato com perfil “gerencial e político”, Pettersen voltou a citar Cleitinho Azevedo. O dirigente tem, no bom desempenho do colega de partido nas pesquisas, um fator para sustentar a viabilidade de uma candidatura do senador.
“O campo está aberto para que todos os pré-candidatos continuem trabalhando. Mas, quando chegar o momento de decidir, temos que manter a unidade e optar pelo viável. Não é só Cleitinho que tem que ceder, mas também os demais que não conseguem se viabilizar”, pontuou
Na hipótese de Cleitinho ser confirmado como cabeça de chapa por uma coalizão do centro à direita, Pettersen admite a possibilidade de sacrificar a candidatura ao Senado para assegurar a composição com as outras legendas.
Simões e a aposta no ‘momento melhor’
Ao projetar a aliança a PL, União Brasil e PP, Mateus Simões afirmou que, por ora, não considera no cálculo legendas com pré-candidatos. São os casos do PSD, do senador Rodrigo Pacheco, e do Republicanos de Cleitinho. O vice de Zema tem o desejo de conversar com as duas legendas caso a possibilidade de os parlamentares concorrerem ao Palácio Tiradentes não avance.
Ao falar especificamente de Cleitinho, Simões avaliou estar em um “momento melhor” que o do parlamentar.
“Falo com o Cleitinho com alguma frequência, e o respeito. Acho que meu momento é melhor do que o dele para ser candidato a governador, especialmente por uma coisa que eu já disse para ele outras vezes: não tenho opção. Ele tem. Eu não tenho opção. Só posso ser candidato a governador. Não posso ser candidato a mais nada. Poderia encerrar a minha vida política. Mas, fora isso, eu só tenho alternativa de ser candidato a governador”, falou.
A declaração de Simões faz alusão à amarra com a qual ele terá de lidar pelo fato de assumir interinamente a chefia do Executivo em abril do ano que vem, quando Zema deve renunciar em prol de uma hipotética candidatura ao Palácio do Planalto.