Mulheres Republicanas MG realiza live sobre saúde mental

Belo Horizonte (MG) – Em comemoração ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado no último dia 25, a secretária do Mulheres Republicanas Minas Gerais, Luciana Crepaldi, realizou uma live sobre o tema e a importância da saúde mental.

A republicana, que é psicóloga, convidou o Dr. Guilherme Loss, que é psiquiatra. Durante o encontro virtual, eles falaram sobre os desdobramentos que mulheres podem sofrer após episódios violentos que vivenciam.

Luciana iniciou a live falando sobre o aumento dos casos de violência à mulher, especialmente durante o período de pandemia da Covid-19. “A pandemia do novo coronavírus é algo que será resolvido com uma vacina, por exemplo. É o que estamos esperando para que tudo isso passe. E o aumento dos casos de violência doméstica? Esses dados só aumentam e, infelizmente, não tem data certa para acabar”, alertou a republicana.

O especialista convidado falou mais sobre os dados e prejuízos que atos de violência trazem às vítimas. “Estatísticas mostram que uma mulher é assassinada a cada nove horas durante a pandemia e uma ocorrência de violência doméstica é registrada a cada dois minutos. Os dados são assustadores e mostram que, apesar de toda a evolução da sociedade, isso não tem um declínio. Isso gera sequela absoluta na sociedade e, principalmente, na vítima. 72% das mulheres que sofreram violência doméstica já desenvolveram depressão, 78% têm sintomas de ansiedade ou insônia e 38% já pensaram em suicídio”, esclareceu Dr. Guilherme.

Para sanar, ou evitar uma tragédia maior, Luciana acredita que a melhor saída ainda é a denúncia. “Às vezes, a violência é muito sutil e quem agride não está fazendo isso só com uma mulher, mas também com a família. Isso causa uma desconstrução na família inteira. A omissão é tão grave quanto à agressão. Existem diversos dispositivos de segurança que você pode entrar em contato para ajudar outras pessoas. Não existe mais isso de que em briga de marido e mulher, estranho não mete a colher”, avaliou o psiquiatra.

Canais para registrar casos violência

No fim do primeiro semestre, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, junto à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), reuniu cinco ferramentas que viabilizam o registro de denúncias de violência, sendo elas: o aplicativo do Telegram; Disque 180; Disque 100; o aplicativo dos Direitos Humanos Brasil e o site da Ouvidoria/ONDH.

Para Cristiane Britto (Republicanos), secretária nacional de Políticas Públicas para as Mulheres, os canais são essenciais para colaborar com as informações investigativas sobre os casos de violência. “Estamos em um período em que as ferramentas digitais fazem toda a diferença, pois as mulheres estão 24h ao lado do seu agressor. A possibilidade de realizar a denúncia através dos dispositivos é uma facilidade que acreditamos que possa auxiliar e evitar a subnotificação”, afirmou.

Texto: Gabbriela Veras / Ascom – Mulheres Republicanas Nacional

Foto: Divulgação